Economista alerta: “Com menor PIB desde Collor, Dilma entregará país em recessão”
Os rumos da política econômica brasileira nos últimos anos trouxeram o
país ao atual momento de “reversão de expectativa” diante do processo
de recessão que está sendo enfrentado por todos os estados do país,
inclusive no setor produtivo do Rio Grande do Norte. Essa foi a
abordagem feita pelo economista Eduardo Giannetti, coordenador da
campanha econômica da candidata do PSB à Presidência da República,
Marina Silva, que esteve em Natal nesta sexta-feira (19) para participar
do Fórum Econômico e Imobiliário promovido pelo Sindicato da Indústria
da Construção Civil (Sinduscon-RN).
Se isentando da posição partidária com a qual está lidando nestas
eleições, Eduardo afirmou a’O Jornal de Hoje que a economia brasileira
deve passar por um ano difícil em 2015, tal como foram os anos de 1999 e
2003. “O atual governo federal teve a menor taxa de crescimento médio
anual da era republicana, excetuando Floriano Peixoto e Collor de Mello.
A Dilma Rousseff vai entregar o país em recessão. Isso significa que
2015 será um ano de ajustes para que seja possível voltar a crescer”,
destacou.
Segundo Giannetti, se as reformas necessárias forem feitas, o ano que
vem se assemelhará ao período de ajustes de 1999, quando o presidente
Fernando Henrique Cardoso retirou a âncora cambial e o real passou a
flutuar em relação ao dólar. Já em 2003, o país se encontrava em período
de forte turbulência devido à desconfiança em relação à vitória de
Lula. A cotação do dólar disparou e houve fuga de capital do Brasil. Por
isso, foram necessários ajustes para recuperar a credibilidade da
economia.
“A crise está instaurada. 2015 será o ano para a saída da crise. Será
necessário que o governo federal recupere o tripé da macroeconomia e
adote medidas horizontais na microeconomia para melhorar os ambientes de
negócio. Isso pode ser feito através da reforma tributária, do marco
regulatório para investimentos em infraestrutura de negócios, câmbio
mais competitivo, por exemplo”, disse.
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