02/09/2015

OPERAÇÃO CANDEEIRO NO IDEMA


MP deflagra operação que investiga desvio de R$ 19 milhões do Idema



O Ministério Público do RN deflagrou nas primeiras horas desta quarta-feira (2) a Operação Candeeiro, que investiga um esquema de desvio de recursos do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema). Segundo o MPRN, o total desviado passa dos R$ 19 milhões. Ao todo, participam da operação 26 promotores e cerca de 100 policiais em Natal, Parnamirim, Santana do Matos e Mossoró, que trabalham no cumprimento de 5 mandados de prisão temporária, 10 mandados de condução coercitiva e 27 mandados de busca e apreensão.

Os mandos foram expedidos pelo Juízo da 6ª Vara Criminal de Natal, que decretou sequestro de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas. De acordo com o MPRN, o esquema ocorreu entre os anos dentro da Unidade Instrumental de Finanças e Contabilidade do Idema, entre 2013 e 2014. A organização criminosa trabalha em parceria com o então diretor administrativo do órgão e com o auxílio de terceiros, que por meio de ofícios destinavam a transferência de valores das contas do Idema para os favorecidos no esquema.

Ainda segundo o Ministério Público, os valores desviados eram destinados a a empresas - com as quais o Idema atualmente não reconhece qualquer espécie de contratação - que totalizam o valor de R$ 19.321.726,13, sendo metade vindos de uma conta oculta aberta em 2013.

Até o momento, sete empresas foram identificadas como beneficiárias do esquema de desvio de recursos públicos. E sua maior parte, o dinheiro era transferido das contas do órgão no Banco do Brasil e sacado em espécie nas instituições onde os beneficiários tinham suas contas.

O MPRN informou ainda as transferências não eram registradas no SIAF (Sistema Integrado de Administração Financeira do RN), uma vez que não havia ligação contratual entre o Idema e as empresas beneficiadas.

O MPRN não divulgou os nomes dos servidores envolvidos no esquema. Eles devem responder pelos crimes de associação criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, falsificação de documento público, uso de documento falso, extravio, sonegação e inutilização de livro ou documento.

A operação segue em curso durante a manhã. Uma entrevista coletiva está marcada para as 15h, onde deverão ser dadas maiores informações sobre a operação.

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