Projeto de lei quer proibir alunos de cantar ‘Atirei o pau no gato’
Um projeto protocolado na Câmara Municipal de Sertãozinho, no
interior de São Paulo, quer proibir que a canção popular “Atirei o pau
no gato” seja cantada nas escolas da cidade. A proposta é de autoria do
vereador Rogério Magrini (PTB), que também é humorista e conhecido como
“Zezinho Atrapalhado”.
Ele garante, porém, que o projeto é coisa séria e visa impedir a
cantiga popular que, em sua visão, estimula a maltratar os animais. Diz
ainda ter um abaixo-assinado com 300 assinaturas favoráveis à proibição,
que até agora não ganhou a simpatia dos demais vereadores.
O projeto está tramitando há seis meses e ainda não tem data para ir à
votação. O autor defende que a tradicional cantiga seja substituída por
uma nova versão desenvolvida por entidades de defesa dos animais. Essa
canção é parecida com a original, mas tem um texto diferente e cuja
letra diz, entre outras coisas, “Não atire o pau no gato-to”.
O projeto tem entre os defensores uma ONG de Sertãozinho que cuida de
cães e gatos. Diz o vereador Zezinho Atrapalhado que a ideia de proibir
a música surgiu após crianças de uma creche serem vistas jogando pedras
em um gato. Uma pessoa ligada à entidade teria então sugerido a lei
visando combater a cultura de maltrato ao animal.
Trâmite
“Temos de proteger os animais e não maltratá-los”, falou o vereador. Ele já é o autor de outros projetos polêmicos na cidade, como um que criou o Dia Consciência Branca. Mas esta proposta de proibir a cantiga tem a resistência do presidente da Câmara, Silvio Blancacco (PSDB).
“Temos de proteger os animais e não maltratá-los”, falou o vereador. Ele já é o autor de outros projetos polêmicos na cidade, como um que criou o Dia Consciência Branca. Mas esta proposta de proibir a cantiga tem a resistência do presidente da Câmara, Silvio Blancacco (PSDB).
Para ele, a iniciativa vai contra a liberdade de expressão. O
político alega que, além disso, o projeto precisa primeiro obter os
pareceres favoráveis das comissões internas do Legislativo, coisa que
ainda não ocorreu, antes de ser liberado para ir a plenário.
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