STF volta atrás e decreta sigilo em processo que investiga Renan
Inquérito investiga o pagamento de pensão alimentícia a amante de Renan por um lobista da empresa Mendes Júnior Fabio Rodrigues Pozzebom/1º.02.2016/Agência Brasil
Menos de 24 horas depois de tornar público o inquérito que investiga o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), envolvendo a ex-amante
do parlamentar, a jornalista Mônica Veloso, o ministro Edson Fachin,
relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), voltou a decretar
sigilo do processo. O caso, que remonta ao ano de 2007, ficou conhecido
como "Renangate".
A denúncia contra Renan já foi liberada por Fachin para ser julgada no
plenário do Supremo e, se for aprovada, o peemedebista passará a
responder a processo como réu. Ainda não há uma previsão para quando
isso deve acontecer.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) disse que não iria se pronunciar
sobre o restabelecimento da condição de sigilo do processo.
O inquérito no STF investiga o pagamento de pensão alimentícia à Mônica
por um lobista da empresa Mendes Júnior. Na denúncia, oferecida ao
Supremo em 2013, a Procuradoria-Geral da República acusa o presidente do
Senado de uso de documento falso, falsidade ideológica e peculato. O
escândalo levou-o a renunciar à presidência do Senado na ocasião para
não ter o mandato o cassado.
Os documentos do processo, que ficaram disponíveis nessa quinta, 4, no
sistema do STF, mostram que Calheiros não tinha recursos para bancar a
pensão para a jornalista, com que ele teve uma filha fora do casamento.
Em troca de ter recebido recursos da empreiteira Mendes Junior para
arcar com seus gastos, o senador, segundo a acusação, apresentou emendas
que favoreciam a empresa.
Estadão
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