Procuradoria pede ao STF urgência no caso de Gleisi e Paulo Bernardo
O Mistério Público Federal requereu ao Supremo Tribunal Federal (STF)
urgência no julgamento da denúncia criminal contra a senadora Gleisi
Hoffmann (PT/PR) e do marido dela, o ex-ministro do Planejamento
(Governo Lula), Paulo Bernardo. A acusação diz que em 2010 a campanha de
Gleisi recebeu R$ 1 milhão do esquema de propinas instalado
na Petrobras.
Em manifestação ao STF, a procuradora-geral da República em exercício
Ela Wiecko afirma que Paulo Bernardo agiu como "verdadeiro operador" de
Gleisi. Segundo Ela Wiecko, o ex-ministro solicitou recursos de origem
ilícita para abastecer a campanha da mulher.
A base da denúncia da Procuradoria-Geral da República são as delações
premiadas do ex-diretor da Petrobtras Paulo Roberto Costa
(Abastecimento) e do doleiro Alberto Youssef, personagens decisivos da
Operação Lava Jato - suas revelações incriminaram dezenas de políticos
com foro privilegiado perante a Corte máxima, entre deputados e
senadores.
Paulo Bernardo foi preso na Operação Custo Brasil, deflagrada em
junho pela Polícia Federal e pela Procuradoria em São Paulo. Ele teria
recebido R$ 7,1 milhões em propinas de um esquema com empréstimos
consignados no âmbito do Ministério do Planejamento, entre 2010 e 2015.
Seis dias depois de sua prisão, o ex-ministro foi solto por ordem de Dias Toffoli, ministro do STF.
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